Uso do Laser em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Uso do Laser em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Uso do Laser em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

O uso dos raios LASERS foi desenvolvido em 1965, sendo utilizado em Otorrinolaringologia em 1971 no tratamento da papilomatose laríngea. No Brasil, foi utilizado em 1975 pela primeira vez. Dentre os tipos de LASER, os mais aplicados em Otorrinolaringologia são o LASER de CO2 e de Diodo.

Uso do Laser em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço

O LASER de CO2 (Dióxido de carbono) possui comprimento de onda de 10,6 micrômetros de energia infravermelha e é monocromático com feixes bem organizados. Pode ser utilizado através de peças manuais ou acoplado ao microscópio cirúrgico (Acuspot/Acoblade). A energia calórica produzida é bem absorvida pelos tecidos moles com alto teor de água possuindo as seguintes características:

  • Excelente para vaporização de tecidos moles (Ablação)
  • Coagulação de vasos sanguíneos de até 0,5mm (Hemostasia)
  • Boa precisão
  • Diminuição do edema pós-operatório
  • Facilidade de acesso ao campo operatório
  • Diminuição do tempo de cirurgia

O LASER de Diodo tem um comprimento de onda de 810nm utilizando cerca de 15W em Otorrinolaringologia. Pode ser utilizado através de fibras de contato, não contato e intersticial. No modo contato, leva a precisão ao cortar ou vaporizar os tecidos, reduzindo a lesão termal colateral. No modo não contato é muito bem absorvido por tecidos pigmentados, tendo assim bom poder hemostático. No modo intersticial é importante para necrose tecidual e coagulação. Ele permite penetração tecidual de coagulação em torno de 5-6 mm.

As principais indicações do LASER na Otorrinolaringologia:

  • Cavidade nasosinusal, preferência Laser de Diodo;
  • Turbinoplastia no tratamento da rinite crônica;
  • Polipose nasal;
  • Remoção de esporão septal;
  • Atresia coanal;
  • Epistaxe e doença de Rendu-Osler;
  • Cirurgia endoscópica nasossinusal – fess;
  • Miringotomia;
  • Timpanoplastia;
  • Otosclerose (estapedotomia);
  • Meatoplastia;
  • Pólipos e tumores benignos;
  • Cavidade oral e faringe (Laser de Diodo ou CO2);
  • Tonsilectomia palatina e lingual;
  • Criptólise;
  • LAUP – tratamento do ronco;
  • Lesões benignas de palato, gengiva e língua;
  • Tumores malignos (t1) de assoalho de boca, língua e palato mole;
  • Terapia fotodinâmica de lesões extensas de cavidade oral e faringe;
  • Laringe, preferência Laser de CO2;
  • Nódulos, pólipos e cistos de pregas vocais;
  • Papilomatose;
  • Edema de Reinke;
  • Granulomas;
  • Lesões vasculares;
  • Sulco vocal e cicatriz;
  • Malformações congênitas;
  • Laringomalácia;
  • Sinéquias;
  • Estenose subglótica;
  • Hemangioma subglótico;
  • Paralisa bilateral;
  • Aritenoidectomia;
  • Estenose laringotaqueal;
  • Lesões pré-malignas;
  • Lesões malignas;
  • Cordectomias;
  • Supraglotectomias;
  • Glossectomias.

Por Dr. José Antônio Pinto

3 comentários em “Uso do Laser em Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço”

  1. Gostei, estou a procura de cirurgia laser para tímpanos , sendo que é para minha mãe, se tem no Brasil?

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